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A retenção de conhecimento é uma das minhas maiores buscas em relação a tudo que eu aprendo, afinal de contas, de que adiantar ler 30 ou 40 livros por ano, assistir cursos, ver documentários se tudo se perde no esquecimento da minha memória?

Nessa busca eu encontrei um artigo bem legal (em inglês) – How to Retain What You Learn – que me inspirou a escrever esse post pegando um pouco do que li por lá e juntar com um pouco do que eu costumo fazer.

Modelo de 4 passos para retenção de conhecimento

Se você quer fazer melhor a retenção de conhecimento de tudo que você consome, vale a pena seguir esses passos:

  1. Consumo Inspirado
  2. Anotações Gerais
  3. Consolidação de Anotações e Conexões
  4. Colocar Ideias em Prática e Ensino

Então deixa eu te explicar o que faço em cada um deles.

1 – Consumo Inspirado

Se você quer reter o conhecimento, primeiro precisa começar consumindo esse conhecimento. E nesse artigo eles fizeram uma separação em dois tipos de consumo de conhecimento:

  • consumo Forçado
  • consumo Inspirado

O consumo forçado é aquele livro que alguém te obrigou a ler (na época da escola) ou o curso da sua empresa que é compulsório para sua atividade.

Essa é a fundação do nosso sistema educacional e eu não preciso nem dizer que esse não é o melhor caminho. Pelo menos eu não lembro de quase nada que fui obrigado a ler. Normalmente decorava para uma prova ou só passava pelo conteúdo para poder avançar em uma situação ou outra.

Agora, quando eu falo de consumo inspirado, estou me referindo ao livro que você não consegue deixar de lado ou o curso que você conta as horas para voltar a assistir. Tem uma relação forte com o quanto você se diverte, curte e aproveita o que está consumindo.

A diferença é grotesca e o motivo do consumo inspirado ajudar a retenção é que você está envolvido e, quanto mais se envolve, se diverte e aproveita o conteúdo, mais você consegue fazer a retenção de conhecimento.

2 – Anotações Gerais

Quando você está consumindo um determinado conteúdo, acho essencial ter um sistema de anotações funcionando. Esse é o segundo passo da retenção de conhecimento.

Eu uso o Notion para isso, mas já usei o Evernote ou caderninhos no passado. O problema com os caderninhos sempre foi a desorganização e dificuldade de encontrar o que eu precisava depois de um tempo. Já o Evernote é muito bom, mas passei pro Notion e não me arrependi. Sigo usando e curtindo.

A ideia aqui é anotar uma série de itens que podem te levar a aproveitar e desenvolver os tópicos do conteúdo:

  • Ideias essenciais do conteúdo consumido
  • Insights para coisas que você está fazendo
  • Reflexões geradas a partir de uma parte do conteúdo
  • Conexões com outros tópicos
  • Dúvidas e questionamentos

Ou seja, se estiver com um Kindle, lembre-se de destacar pontos importantes e fazer anotações. Se for um livro físico, você pode ter um app de anotações aberto do seu lado e um lápis, caneta ou marca texto para ir destacando o que achar mais relevante.

3 – Consolidação das Anotações e Conexões

Depois de criar um monte de tópicos de maneira desestruturada, chega o momento de consolidar essas informações. É aqui que a retenção de conhecimento começa a acontecer de fato.

Eu gosto de fazer resumos. Sempre gostei. Fazia na escola, na faculdade e sigo fazendo de forma a me ajudar a consolidar as ideias e anotações.

Aqui no blog eu adoro compartilhar a minha visão e resumo dos livros que eu leio. Para uma lista completa de todos que eu já fiz, basta entrar aqui.

O interessante dessa parte e que pode ajudar na retenção de conhecimento é que aqui você está revisitando esse conteúdo com foco em tirar o melhor dele. Então em uma ordem temos:

  • Conteúdo completo
  • Anotações e frações mais importantes do conteúdo na sua visão
  • Consolidação dessa ideias, surgimento de novas ideias e aprendizado

Também é nesse momento que você pode (e deve) fazer conexões entre outras ideias, momentos e conhecimentos que façam sentido e tenham alguma ligação com esse conteúdo em específico.

4 – Colocar Ideias em Prática e Ensino

Pense na retenção de conhecimento como um músculo. Se você não exercitar ele, o músculo vai ficar atrofiado. Se você fizer exercícios diariamente, vai desenvolvê-los continuamente, cada vez mais.

Quando o assunto é o conhecimento, nada melhor do que colocá-lo em prática, seja explicando uma leitura que você fez ou ensinando alguém sobre algum tópico.

Para você ter uma ideia, eu lembro até hoje do que eu aprendi nas minhas aulas de História da Arte (há mais de 15 anos atrás). Termos como absidíola, coluna dórica ou cledestório se tornaram parte do conhecimento que eu reti, porque nas aulas dessa disciplina além de eu ter bons professores, também estudava, resumia o que eu aprendia e ensinava para todos os meus amigos que não curtiam tanto a matéria assim.

Se você quiser colocar essas ideias em práticas para te auxiliar na retenção de conhecimento, pense em:

  • Trazer um tópico que está na sua cabeça em conversas
  • Conversar com um amigo ou pessoa próxima sobre o assunto
  • Tentar ensinar para alguém que gostaria de aprender mais sobre o tema
Rafael Avila

Carioca, empreendedor, sócio fundador da LUZ, professor de Excel, consultor e um apaixonado por produtividade. Acredito no poder que temos de ser as nossas melhores versões todos os dias.

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